Eu sinto falta de sentar na grama num dia quente de sol e de ela responder pra mim, pinicando, fazendo
cócegas. Tenho saudades de pés na terra, de afogar os dedos, de pisar macio. De
andar nas pedras do rio, da massagem que elas me fazem. De nadar em águas
correntes, de ficar por lá, enquanto elas me tiram pra dançar com elas. Do peso
da cachoeira nos meus ombros, arrancando de lá todo o resto. De gritar bem alto
e de resposta receber os cantos das cigarras. Eu tenho saudade do mundo real,
do mundo que vive, que respira e que te recebe. Do mundo escondido debaixo do
concreto.
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