eu não sei quem você é
nem como chegou até aqui
não passou pelos portões
pelas pontes levadiças
foi sorrateiro se aproximando
não disse suas intensões
e eu só espero que você continue entrando.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Eu sei que é egoísmo, num momento desses pensar em mim. Mas
é que com as lembranças do que fomos e do que foi, dói aos nervos a disparidade
do que é, do que me tornei. Da encruzilhada que dividimos à estrada que eu
escolhi, perdi o sentido. Nem sei mais pra que caminho. E você, tomou atalho,
foi direto pro Destino. Disparate, é verdade. Entretanto, me pergunto, como
você foi embora sem me perguntar se eu queria ir junto?
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
quanto mais eu tenho, mais eu devo.
quanto mais eu dou, menos querem.
não vale conquistar, pra não decepcionar.
não quero saber dessa tal moeda
em que apostam tanto todas as fichas
penhoram sonhos
gastam o tempo
cobram do outro
o que perderam
esse negócio
que precisa de contrato
pra não prejudicar
não quero saber desse mercado
da pressão de desigualar
não quero essa vida de apostador
não vou me meter com esse tal de amor.
Irrompi as ruas destinada. Com pressa, passos largos e
fôlego curto. E então as cores chamaram minha atenção. Uma lojinha indiana na
promoção. Não resisti e entrei esperando que aquelas cores todas de alguma
forma contaminassem o meu dia. Explorei cada tom, cada estampa. Corri os dedos
pelos tecidos. Parecia produzir um arco-íris. E no meio de tanta coisa encontrei
algo que me lembrou de alguém. Um presente. Um presente pra uma pessoa querida.
E enquanto me dirigia ao caixa, imaginava o sorriso, a surpresa, o abraço tímido
de um menino crescido desacostumado a receber presentes.
De volta ao meu caminho, a lembrança virou saudade. Uma
condição me reprimiu: a distância. Lembrei que demoraria a vê-lo, que teria de
guardar o presente. Lembrei que não o verei tão cedo. E continuei o meu caminho
pensando no que eu fiz, segurando firme o pacote brilhante. A verdade é que eu
sabia que não conseguiria dá-lo tão cedo. Eu sabia que o guardaria por muito
tempo, acumulando a poeira dos meses. A
verdade é que eu queria tocar, sentir algo material, um pedaço de qualquer
coisa que condensasse as lembranças e abrandasse a saudade dele.
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