domingo, 4 de novembro de 2012

o que eu sinto não é meu.
o que eu acredito não existe.
o que eu penso me foi dado
por verdades irreais.
nada é meu,
e eu não sou eu,
apenas os instintos animais.
sentir nos foi empurrado
por românticos burgueses adolescentes.
embora meu amor, ilusão
afeto que não sentes,
tens o sua própria crença:
ao negar a humanidade,
de ser menos humano.
o lugar em que vivo não me pertence,
não são minhas as coisas que eu lavo, quebro, organizo.
os amigos que tenho não me conhecem,
não sabem o quanto omito com um sorriso.
o que leio não me convém.
o que eu faço não me realiza.
pensamento no automático
coisas que preenchem o vazio

não sei de quê...